Herbalismo e Fitoterapia: Resgatando o Poder das Plantas na Medicina Moderna
No mundo de avanços médicos e cirurgias sofisticadas, uma pergunta intrigante surge: por que recorrer ao herbalismo e à fitoterapia nos dias de hoje? Enquanto alguns médicos exploram as plantas apenas por seu valor histórico, a indústria farmacêutica busca isolar componentes das plantas para criar medicamentos. Mas qual é o papel do herbalismo no cenário atual?
Definindo a Fitoterapia
Para uma compreensão fundamental, é crucial definir o que exatamente é a fitoterapia. O que é uma erva? Uma erva ou fitoterápico consiste em folhas, rizomas, frutas, raízes, sementes ou qualquer parte utilizável de uma planta que possui o potencial de promover a saúde. As ervas desempenham um papel significativo no tratamento e prevenção de doenças, além de contribuírem para a promoção da saúde e bem-estar.
O Papel do Herbalista
No passado, herbalistas eram frequentemente médicos ou botânicos, detentores do conhecimento sobre plantas medicinais. Hoje em dia, qualquer indivíduo que se especializa no uso ou cultivo de plantas para o tratamento ou prevenção de doenças pode ser considerado um herbalista. Portanto, um herbalista é alguém que cultiva e comercializa ervas, bem como aqueles que as prescrevem ou aprofundam seu conhecimento no uso terapêutico, na medicina preventiva e na promoção do bem-estar.
A fitoterapia, com sua rica herança histórica e sua contribuição contínua para a saúde, se revela como um dos muitos tesouros na vasta tapeçaria da Medicina Integrativa. Ela desempenha um papel essencial na busca do equilíbrio e bem-estar, contribuindo para a harmonia entre o homem e as plantas, que sempre foi uma parte intrínseca de nossa jornada de evolução.
Por que usar o herbalismo nos dias atuais?
As plantas, conhecidas por suas ações mais suaves e graduais, geralmente causam menos efeitos colaterais do que as medicações convencionais. Essa característica as torna valiosas no tratamento e na prevenção de doenças crônicas. Doenças agudas, por outro lado, são frequentemente tratadas com antibióticos, anti-inflamatórios e quimioterápicos de alta potência. Essas substâncias revolucionaram o manejo de acidentes, cirurgias e doenças que costumavam ser fatais no início do século XX. No entanto, para condições crônicas, a medicina convencional muitas vezes deixa a desejar, abrindo espaço para a abordagem ancestral do herbalismo em conjunto com a visão da Medicina Integrativa, que considera nossos estilos de vida e ambientes.
A medicina convencional muitas vezes adota uma abordagem supressiva: trata-se uma inflamação com um anti-inflamatório, uma infecção com antibióticos, e assim por diante. No entanto, essa supressão pode levar a ajustes compensatórios do organismo, resultando em efeitos colaterais. A noção de que devemos suprimir sintomas é característica da medicina moderna, e é por isso que muitos medicamentos atuais têm uma lista extensa de efeitos colaterais. Suprimir sintomas pode levar ao ressurgimento deles ou ao surgimento de novos em outro local.
As ervas não são panaceias, e não têm o poder de substituir tratamentos intensivos, como corticoides para inflamação. No entanto, gentilmente, elas podem ajudar a modificar o estado inflamatório do organismo. O herbalismo adota uma abordagem holística, analisando o que está contribuindo para o desequilíbrio e o que está impedindo a pessoa de voltar à homeostase. Trata-se de promover a saúde e tratar pessoas com sintomas e doenças, não simplesmente combater doenças.
No herbalismo, não há uma erva única para um sintoma específico. Cada formulação é adaptada à singularidade de cada paciente, levando em consideração sintomas, diagnósticos e características pessoais. O entorno do paciente também é importante, incluindo hábitos de sono, dieta, círculo de amigos e história familiar. O uso de plantas medicinais é holístico e integrativo, mesmo para aqueles que não seguem a Medicina Chinesa ou a Ayurveda.
Ao adotar uma abordagem integrativa e inclusiva, é vital compreender que nenhuma erva isolada é capaz de corrigir um distúrbio gastrointestinal sem cuidar da dieta ou tratar uma condição crônica sem abordar o estilo de vida.
No entanto, deve-se ter cautela ao lidar com extratos padronizados industrializados. A indústria farmacêutica de fitoterapia frequentemente promove extratos concentrados como soluções milagrosas, mas a verdade é que a fitoterapia é uma abordagem mais suave e de longo prazo. Ela apresenta menos efeitos colaterais e, às vezes, um custo menor, oferecendo resultados igualmente eficazes.
Embora a utilização de chás e plantas medicinais possa inicialmente parecer econômica, prescrições volumosas de cápsulas manipuladas podem elevar os custos. Portanto, é essencial considerar a prescrição com cuidado, mantendo o equilíbrio entre os benefícios e os custos.
A complexidade de cada indivíduo exige uma abordagem personalizada e única, o que faz do herbalismo uma prática adaptada às necessidades individuais.
O Futuro da Fitoterapia
À medida que a fitoterapia continua a ganhar adeptos e a pesquisa avança, seu papel na medicina moderna está destinado a crescer. Cada vez mais, a fitoterapia é vista como uma opção complementar aos tratamentos convencionais, oferecendo uma abordagem mais equilibrada e abrangente à saúde. A integração de conhecimentos ancestrais e modernos está moldando um futuro promissor para a fitoterapia na busca por tratamentos naturais e alternativos. E você já utliza a fitoterapia nos seus atendimentos? Me deixe saber nos cometários.
Meu pai era raizeiro, como era chamado na época o que hoje chamam de fitoterapia.
Eu o acompanhava para colher as plantas, raízes e frutas que ele usava nas suas receitas, ajudava a fazer as garrafadas era assim que ele chamava seus medicamentos, conheço muitas ervas medicinais vejo com vocês a oportunidade de conhecer mais.
Que bom saber sobre o seu pai e melhor ainda saber que estamos lhe ajudando a conhecer mais sobre as ervas medicinais.
Olá
Tenho 71 anos, criei os meus filhos com homeopatia. Hoje com 44 anos e 41 …
Estou ajudando minha filha, viajando a trabalho, cuidando do neto. Não tenho tempo nem de piscar os olhos… tudo a base de horários!
Gostaria de participar na próxima chamada para não perder a sequência das lives.
Uma super semana de grandes realizações!
Abraço fraterno
Que bom que desde muito tempo cuidou dos seus filhos com homeopatia. Pode acompanhar as chamdas da lives e conteúdos no meu Instagram @helenacampiglia.
Olá, sou enfermeira e estou atuando como consultora em amamentação. Vc ensina fitoterapias específicas, os galactogogos?
Obrigada
Taise, no meu instagram e nos meus e-books tem textos especificos para amamentação. Veja mais no meu instagram @helenacampiglia.
Utilizei quando atuei como Enfermeira, Missionária pela I. Católica no Médio Amazonas, cidade Oriximiná PA. Carente de recursos Médicos e Hospitalares, os Agentes Comunitários de Saúde utilizavam – se das Ervas, Plantas Medicinais,para tratamentos. Aprendi com elas. Certa vez atravessei um campo de arnicas, sem saber e fiz ferimentos nos tornozelos. Uma das feridas demorou à cicatrizar e infeccionou. Foi utilizado o pó de ” Arueira”, se não me engano. E em poucos dias, cicatrizou. A árvore pode não ser Arueira. Foi na década de 80.
Outra experiência foi o caso de um ribeirinho picado por cobra venenosa da região, a sucuri. Estava à caminho da cidade. Sabendo que eu estava nas imediações, em estudos e formação dos Agentes locais, ele se dirigiu, em canoa, para o centro da comunidade, aonde, também estava o Padre com seus afazeres. Uma espécie de triduo. Quando os Coordenadores das Equipes da Igreja se locomovem para o Interior, visando dar atendimento jurídico, social, saúde, escolar e Paroquial. No íntimo, tive medo. Nunca havia tratado picadas de cobras fora do ambiente Hospitalar. O Agente Comunitário local era muito bom. Confesso que me fiei nele. No entanto, o morador demorou à chegar. Vinha de longe. O Padre, percebendo minha aflição, me orientou à ir no barco e pegar um vidro com uma solução de nome pau….( não me recordo).. Era um medicamento indígena. Levei para a Terra, li as orientações e aguardei o cliente. Anoiteceu, os jovens e o Agente de Saúde, saíram de canoas, para se divertirem , Dançar em uma localidade próxima . Fui para a rede dormir junto com os quê ficaram. Já dormindo fui acordada com a informação de quê o paciente chegara. Fui até à sua canoa, ancorada. Ele estava com febre alta, o Membro Inferior picado, muito edemaciado e queixava muita dor. Já havia procurado por uma árvore espinheiro. Fui até ela, retirei um espinho, e iniciei o tratamento, conforme as orientações do frasco. Fiz compressas contínuas e
administrei como chá . Fiquei com ele até que a febre baixasse, através de compressas das águas do rio. Com o tempo ele baixou a temperatura, diminuiu a dor e conseguiu dormir. Então, retornei à rede para descansar. Pela manhãzinha fui vê – lo. Estava sem febre, sem dor e a perna já menos inchada. Então ele continuou viagem até à cidade, por mais 08 horas, para internação e administração do soro antiofibico. Ficamos na Comunidade de S. Brás, por mais aquele dia. Pela tardezinha, iniciamos viagem de retorno para a Paróquia na cidade. O Agente Comunitario foi até à cidade para saber do paciente. Ele estava bem, de pé, sem nenhum edema e já com alta prevista. Para mim, a maior das experiências com erva indígena.
Que belo depoimento! Muitas ervas da nossa flora são imensamente curativas e que muitos nem sabem, né? Por isso que no meu curso de Fitoerapia indico inumeras para o tratamentos dos disturbios femininos, assim como as americanas, europeias e as formúlas magistrais chinesas, porque a em todo o mundo econtramos ervas que realmente auxiliam.